Era um dia comum. Pássaros voavam, carros cuspiam fumaça tóxica que você está respirando! Sim, mas, deixemos esse assunto de lado. Marcos? Não... Esse não era o nome, mas em todos os casos chamaremos ele apenas de Marcos. Ele é apenas mais um sujeito comum, igual a todos os outros sujeitos comuns que já existiram.
Seus dias eram iguais. Chovendo ou não, ele sequer pensava, saia de casa, olhava para os lados, atravessava a rua. Ele e outros bilhões de pessoas repetiam esse ato, fazendo-o tornar-se biológico. Eles, todos eles, iam trabalhar. Não importando a profissão todos faziam o mesmo. Obedecer. Marcos era um entre bilhões. Apenas mais uma cópia de robô feito pela sociedade.
Voltavam do trabalho todos a mesma hora, do mesmo modo. Iam encontrar suas esposas, maridos, pais ou filhos. Não importava, eram todos iguais, todos feitos do mesmo molde, material, maneira. Às vezes surgiam imperfeições, mas logo as outras cópias tratavam de "concerta-la". O dia acabava, todos faziam o mesmo, às vezes dormir, outrora se reproduzir. Tudo seria igual novamente.
Era apenas mais um dia comum. Pássaros voavam, carros cuspiam fumaça tóxica que você está respirando! Sim, mas, deixemos esse assunto de lado...