domingo, 12 de maio de 2013

Igual?

          Era um dia comum. Pássaros voavam, carros cuspiam fumaça tóxica que você está respirando! Sim, mas, deixemos esse assunto de lado. Marcos? Não... Esse não era o nome, mas em todos os casos chamaremos ele apenas de Marcos. Ele é apenas mais um sujeito comum, igual a todos os outros sujeitos comuns que já existiram. 
          Seus dias eram iguais. Chovendo ou não, ele sequer pensava, saia de casa, olhava para os lados, atravessava a rua. Ele e outros bilhões de pessoas repetiam esse ato, fazendo-o tornar-se biológico. Eles, todos eles, iam trabalhar. Não importando a profissão todos faziam o mesmo. Obedecer. Marcos era um entre bilhões. Apenas mais uma cópia de robô feito pela sociedade. 
          Voltavam do trabalho todos a mesma hora, do mesmo modo. Iam encontrar suas esposas, maridos, pais  ou filhos. Não importava, eram todos iguais, todos feitos do mesmo molde, material, maneira. Às vezes surgiam imperfeições, mas logo as outras cópias tratavam de "concerta-la". O dia acabava, todos faziam o mesmo, às vezes dormir, outrora se reproduzir. Tudo seria igual novamente.
          Era apenas mais um dia comum. Pássaros voavam, carros cuspiam fumaça tóxica que você está respirando! Sim, mas, deixemos esse assunto de lado...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Cinco Pétalas

                                                                                                           Para Tayla Cristina G. e Jéssica  S. Kreusch     
          
          Era natal. Todos estavam com suas famílias. Naquele dia mágico, todos estava felizes. Luzes, árvores, bolas, enfeites, traziam bem estar a todos. Porém  grandes amigos estavam separados. Eles conversavam com a noite pedindo para ela levar sua palavras aos amigos, mas ela não queria colaborar. Mesmo assim mandavam beijos; abraços; carinhos; amor; olhares; gestos; tapas; beliscões; risos; noticias; desabafos. Mandavam a eles mesmos.
          Como Cristal, a amizade era transparente e reluzente. Havia brigas , porém o perdão sempre vencerá. Os amigos sabiam que se reencontrariam, mas, em cada segundo as areias do tempo, fina e delicada, escoria devagar, grossa e áspera, tornando segundos em milênios.  Eles não podiam mais esperar para ouvir o tamborilar de seu corações juntos. Eles haviam se tornado simbióticos, um não viveria sem o outro. Eram, de tal dependência, siameses. 
          Chegará o dia do esperado reencontro. O primeiro, à beira mar, observava todo sorridente do topo de uma pedra. O segundo, vindo do mar, corre ao encontro dos amigos emocionado. O terceiro, sentado, na areia da praia, apenas sorriu um sorriso à Mona Lisa. Saindo da pedra e com uma flor nas mãos, o primeiro amigo, único garoto do grupo disse:
— Olhem — mostrando a flor —, bela não é. Achei no topo da pedra.
— Cinco cores. Vermelho. Amarelo. Verde. Azul. Branco. Tão improvável, mas tão real. — Disse uma amiga.
— Que tal cada um pegar uma pétala para si, e guarda-lá como lembrança dos bons tempos. — Disse a outra amiga.
— Branca. — Disse, o primeiro amigo, tirando a pétala correspondente.
— Hum… A Verde. — Disse o segundo amigo.
— Eu quero a Vermelha. — Disse o terceiro amigo.
          As duas pétalas restantes, voaram ao soprar do vento, sendo levadas, passando pelo belo mar, até duas pessoas desconhecidas. Novos amigos.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Melhores Amigos e Decepções

Acervo pessoal do autor
          Quem quer que leia esse texto espero que intenda. Talvez tenha passado por isso, mas não sei. Hoje, dia Doze de Novembro de Dois mil e Doze, fui traído pela minha melhor amiga. Ela nunca confiou em mim, mas tem coragem de me chamar de melhor amigo.
          A pior coisa do mundo é a falsidade. Noi começo doce, como puro mel, mas depois tão amarga quanto uma facada. E a dor? Se compara a dor da morte… Dura, fria e inóspita. Até mesmo o mais duro diamante se desmancha ao sentir essa terrível dor.
          Mas sabem qual é a pior parte, lembrar da pessoa me chamando de “melhor amigo”. Ver que a sua amizade, que para você era um diamante se tornar apenas um pedaço de vidro. É como se meu coração fosse colocado dentro de um barril com ácido sulfúrico. Vi minha própria irmã atirar em mim. Agora recompor-me-ei, achar meus átomos e junta-lós novamente, juntar todos os trilhões de átomos que voaram com o vento, me refazer, só deixando minhas lagrimas para atrás.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Voto? Limpo por favor.

— Senhor, posso fazer uma pesquisa com o senhor.
— Claro!
—  Em quem o senhor votará?
—  Não te interessa!
— Bem… Quem vencer a eleição será o melhor candidato?
— Hã! Não! Será o que pagou melhor, por quê?
— É parte da entrevista.
— Hum…
—  Então, que argumento você usa para votar nele?
— Eu, pelo fato de acreditar nele; minha mulher, porque eu voto nele; e minha mãe, porque ele lhe deu uma dentadura.
— Sim, sim! Você acha que nós sabemos votar?
— Não! Nem um pouco. Ha-ha-ha!
— Be-bem, não queria ofender.
— Não ofendeu.
— O que você acha da democracia?
— Que ela só ocorre em eleições, e que no Brasil ela está uma me… melhor não falar.
— Bem acho que é tudo por hoje.
— Adeus.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dança

              A dança é tudo na minha vida, sem ela não consigo viver, sou dependente da dança. Faço parte de um grupo de dança, e esse ano conseguimos ficar em primeiro lugar no festival de dança! Isso não seria possível sem minhas “duas” professoras e os meus amigos que estão no grupo, sem eles não sei o que seria de mim.
             Nós ficamos em primeiro na dança livre, e na dança de salão eu e minha companheira, de dança, ficamos em segundo lugar, bi-vice-campeonato, e o mais engraçado é que o resultado da dança foi o mesmo que o do ano passado, ou seja perdemos para o mesmo casal, bem a menina mudou, mas era o mesmo menino; e quem fico em terceiro permaneceu em terceiro.
             Bem como nós ficamos em primeiro na dança livre, e em segundo na de salão, nós iremos semana que vem para Presidente Getúlio – SC. Espero que consigamos ficar em terceiro lugar pelo menos, mas se não conseguirmos, bem nós nos apresentamos, e só por isso estarei muito feliz.

Reuniões de família e Eu


Bud, meu cachorro, bem ele é da famíli.


            Odeio as festas da minha família, é sempre a mesma gritaria, os mesmos priminhos me irritando, a mesma tia brigando comigo, como se não bastasse parentes que eu nem conheço me cumprimentando. Odeio ainda mais as festas dos Borges e Alves, sim todos reunidos no mesmo ambiente e eu como sempre sofrendo.
           Nesse ano ela vai ocorrer no dia 08/10. Senhor daí-me paciência! Nesse dia também vai ser o aniversario da minha melhor amiga, não posso faltar, pena que ele é as 19:30, depois do maldito encontro. Bem e assim vai ser, eu novamente naquela festa chatíssima.
           E o bom é que nesse ano me convidaram para fazer uma apresentação na festa, não quero ir, me dariam um cache, um pote de sorvete para ser dividido entre os dançarinos. Bem isso, dançarinos, o grupo da minha priminha, e eu e minha parceira na dança de salão. Como eles querem que “milhões de pessoas” dividam 2 litros de sorvete.
          Por isso um concelho, se você for meu parente, e eu por acaso não te conhecer, ouça bem, não vá à essas malditas festas, elas não são desse mundo, e na melhor das hipóteses, essa festa foi criada para nos fazer pagar pelos nossos pecados. Espero sobreviver a essa festa, caso não sobreviva, minha coleção de revistas será enterrada comigo, pois não quero ela nas mãos de pessoas erradas.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A falha

             Na cidade onde os homens apenas trabalhavam, onde ouviam-se apenas sim senhores, ele descobriu uma falha. Se mais alguém soubesse da falha tudo estaria perdido, ele deveria ser morto antes de contar qual era a falha.
            Ele não teve mais sossego, afinal ele sabia demais, ele não deveria viver, pois poderia quebrar toda aquela cidade, nada mais estaria seguro, existia uma falha, e se mais pessoas descobrissem a cidade se tornaria puro caos.
            Eles fizeram um plano, ele seria morto ao sair de casa, eles tinham plena certeza ele deveria pagar. Ele não deveria ter visto tal erro, nada, nada deveria estar fora do lugar, a perfeição não deveria estar como sempre foi, nada poderia mudar, pois eles não queriam ouvir não senhores, nuncas ou talvezes, eles só queriam ouvir sins e sins.
            Aquele mundo perfeito não poderia ser mudado, então eles o mataram. Ele nunca contou a falha, da qual apenas ele sabia, mas o foto saber lhe custou à vida. E assim continuou a vida naquela cidade, apenas com seus sim senhores, nada mudou ninguém sentiu falta dele.